segunda-feira, 8 de junho de 2009

Tanto faz

''Somewhere over the rainbow, way up high''

Quando eu descobri que talvez uma luz cor-de-rosa estava pronta para iluminar meu coração, eu levei tão seriamente o jeito que aconteceu que não me toquei da realidade, de que talvez não fosse realmente acontecer.
Porque você tem tanto medo de mim? Eu sou tão incomum assim? Ora não sei te responder, cada sino que eu escuto é alguem me dizendo, ''para com isso! É mentira, é impossível''. Eu sei que é, mas quando me dei conta, respirava você e sentia você. Não sei explicar o que eu sinto, é como uma montanha russa besta enorme que não para de querer brincar comigo. Não sei como vou fazer quando estiver cara a cara com essa pessoa, não sei mesmo. Vou fingir que tá tudo bem, que estou bem por dentro e fora. Vou sorrir e cumprimentar e acabou. Acabou.
Sempre fiz as pessoas rirem quando clamava ser vacinado contra esse tipo de coisa, mas de noite eu sempre percebo que não é que eu seja vacinado, eu não tenho mesmo e vai ser assim para sempre. E o pior é ter que estar sempre feliz porque é assim que os outros me conhecem. Eles não conhecem aquele garoto que eu enxergo no espelho, aquele que eu escuto todos os medos e vontades. Só eu conheço e ele é tão miserável a ponto de estar sozinho pra sempre.
Desde criança ele sabia que ia ser assim, que não viveria uma história como as outras pessoas, sabia que seria um mero miserável além do arco-íris e que não nasceu para o que as pessoas nasceram para.
Se morrer, tanto faz, se estiver realmente doente, tanto faz, não vai fazer falta. É melhor porque não vai ter dedos sujos de sangue ou o travesseiro avermelhado pela manhã. Isso é porque eu sou incapaz de ter isso que as pessoas dizem ter. Para você ter ideia, foi meu pedido de aniversário há dois anos.
É tão escuro o jeito que eu enxergo. Como eu queria que acontecesse, mas não vai, ou porque você é um medroso ou porque a culpa é minha, é sempre minha. Tenho medo de não estar bem, mas sinceramente? Não ligo, eu me desprendi de tudo, de todos, de todas as coisas que me cercam. Temos que largar mão, temos que aceitar.
Meus 18 estão chegando, e vai ser normal como os dois últimos: eu, o mokona e um bom filme e depois dormir para o dia seguinte, onde não vai ser o meu dia e tanto faz, tanto faz, ah tanto faz. É chato ser o coadjuvante, por isso eu digo tanto faz. Se eu for embora, o céu vai brilhar mais alto e os campos de girassóis serão mais contentes. Não ligo mesmo, o amor em mim não gosta de morar.

Beijos de amor e beleza de vênus pra todos *o*

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