Oi, Raoni, sou eu mesmo, como vai?
Exato, eu me encontro nessa posição agora, a que dá vontade de pegar a pessoa que eu fui pelos braços e alertar sobre todos os perigos e artimanhas do destino. Digo, é difícil eu sei, mas é uma vontade. Depois de tanto correr e caminhar, eu me encontro numa estrada de duas direções, onde as escolhas são como bolhas que me sugarão em suas próprias realidades submarinas.
Por um lado, a luz das perdas é o que torna a luz presente cada vez mais forte, me tornando então muito mais hábil, leve como pluma. Do outro lado, o vazio é inevitável.
Logo eu, que sou aquele garoto de respostas concretas, de destino certo, me encontro de pés descalços, despido de mentiras e com olhos abertos.
Sentir a realidade não era um dos meus planos. Eu queria voar como todo jovem quer, queria amar como todo jovem ama, queria receber amor. Sonhos? Talvez. Realidade? Talvez.
É uma estrada difícil de seguir, de aceitar, e os sete dias de guerra ficam para trás, como lembranças de uma batalha bem ganha, que mesmo com perdas seguiu-se insana e invicta. Quem sou eu agora?
Eles se foram, ele se foi, agora contemplo um novo rio, repleto de ouro e diamantes. São de verdade? Provavelmente não, mas o brilho deles é o que me chama atenção.
Me prometeram uma vez que ao badalar dos 20 anos eu seria o que eu sempre quis ser. Agora eu me pergunto: é exatamente essa a estrada a ser tomada?
Até quando vou ter forças para olhar no espelho e acreditar em reflexos melhores?
Que mundo é esse, meu pai?
De sete dias de guerra, se formarão estrelas, é o que dizem...
"Você é tão grande quanto o mundo que cria"
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