
Coisas ruins acontecem por um motivo: proteger os inocentes. Você costumava me chamar de inocente, dizia que tinha algo infantil nos meus olhos que de uma vez só, derramariam emoções em cima de você. Lembra quando me disse que compraria todos os doces do mundo se eu pedisse? Agora você nem está mais aqui e eu me vi cheio de pirulitos sem ninguém pra dividir.
É chato, é triste, talvez horripilante ficar sem você. Foi uma noite especial, naquela chatice toda de família tinha alguém que me fazia rir de verdade. Só quem me conhece sabe o como rir e sorrir e achar graça é importante para esta pessoa que escreve agora (risadas).
Eu acordo na madrugada sombria, o que me conforta é ver a lua e a estrela que eu chamo de aurora, sempre antes de entrar no ônibus gosto de ficar olhando. Sempre gostei de ver o céu e procurar Vênus, o planeta do amor e da beleza. Antes de me arrumar, sempre é bom fazer um pedido. É essencial sonhar e ter seu sonho dentro do coração, porque você pode precisar dele um dia.
Ao entrar no ônibus lá vem a parte chata, dividir o banco com alguém que você nem conhece, mas fica do lado por horas e te assiste dormir ou no meu caso, sempre com um lollipop na boca em plena manhã (so sad =/ mentira, é sad nada rs). Daí eu pego o metro ou trem ou sei lá, sei que o novo é bem bonito, sempre rezo para ir de metro novo, sério é muito bom. É mais uma caminhada sozinho e olhando garotos bonitos, eu odeio essa parte porque eu não me sinto diferente das outras pessoas, eu acho que é normal olhar um menino como uma mulher faz, mas eu fico pensando ''que droga, por que meo?''. É um saco, ver amigos sorrindo, namorados se beijando, senhores discutindo dia-dia. As portas abrem, chego na faculdade, visto uma pessoa que eu preciso para lidar com as outras. Não sei fingir, odeio quem o faz. É legal esse mundo novo.
Toda manhã antes da aula, gosto de ficar num banquinho e ver o movimento passando, é tão gostoso ver gente, ver prédios a minha volta e ouvir carros. Mas eu e meus amigos açucarados e cheios de alegria estão sempre na mochila. Até a hora de vir embora. Eu faço tudo de novo, mas reversamente. Em casa é sempre bom ouvir música, ver um show ou um filme e depois descansar e aí conversar no MSN ou postar aqui. O telefone só toca para mama ou pro cachorro, não me culpo, odeio telefones. Quando papa aparece é surreal, trocamos três ou quatro palavras, ele me dá dinheiro e vai embora. Daí eu volto, vou dormir e tudo recomeça.
Não, não vejo como uma coisa ruim, é na verdade um talento, o de viver num mundo sozinho, eu sei que eu vou me entender, eu sei meus segredos, minhas vontades meus desejos. Mas é que, convenhamos, detonar um pacote de pirulito e balas sozinho é o fim sometimes.
Beijo de amor e beleza de Vênus!
3 comentários:
Lindo!
vamos, eu brinco contigo tá
oiehoheoihe. you came to the world alone, and you might as well leave it, alone.
Postar um comentário