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Capa de "Too Weird to Live, Too Rare to Die!" (2013, Decaydance Records) |
Quem foi kid, teen ou adulto alternativo em 2004 sabe da importância do Panic! At the Disco na playlist. Desde o debut aclamado em A Fever You Can't Sweat Out (2005, Decaydance) com o single icônico "I Write Sins, not Tragedies", o Panic vem conquistando amadurecimento e espaço. O fantástico Pretty. Odd. (2008) marca o início da fama da consagração total da banda e o maduro Vices & Virtues (2011) já com apenas dois integrantes pode ser descrito como o grande inverno do Panic! At the Disco.

O CD abre com a ótima "This is Gospel", que já é single e tem um vídeo a la Panic! sem medo de ser feliz. É bem pegajosa e os vocais de Brendon estão com a mesma marca de sempre. O refrão "if you love me, let me go" tende a ficar na cabeça por uns dias. Tem uma pegada sintética, com auto-tune, que me lembra Metro Station e Depeche Mode.
"Miss Jackson", a faixa inspirada pelo famoso single "Nasty" ("Miss Jackson, are you nasty?"), de Janet Jackson. Esse é o carro-chefe de divulgação do disco. Traz a mistura de hip-hop com rock que falei no início. Algo como "Jay-Z encontra 30 Seconds to Mar e flerta com o Panic!". É assim que imagino essa faixa. A participação da Lolo é bem curta, quase no final. O clipe tem um arte DEMAIS, dirigido por Jordan Bahat, com a participação da atriz de 30 Rock, Katrina Bowden. Nas palavras de Brendon, essa música fala sobre suas experiências promiscuas na juventude. É uma música com toque um tanto arrogante, que assustou a muitos, mas vale a atenção.
A terceira música é a maravilhosa "Vegas Lights", que é uma faixa pessoal para Urie, falando de sua cidade natal. A presença de crianças é o que faz a ponte entre a infancia e a fase adulta do vocalista. "Representa como me sentia quando ia nos clubes. Havia essa energia estranha de que todos estavam se divertindo e nada mais importava. Dançar com ninguém vendo. É muito bonito, na verdade". A letra é incrivel, um das melhores faixas ("the Vegas lights where villains spend the weekend"). CERTEZA que pode virar single.
O disco segue com a sintetizante, divertida, menos agitada e pegajosa "Girl That You Love". Em seguida vem "Nicotine", a vilã do álbum, com palavrão e referências à nicotina ("You're worse than nicotine"). O Panic se torna totalmente eletrônico em "Girls/Girls/Boys". Essa faixa, particularmente, me dá vontade de jogar video-game, daqueles consoles bem antigos (Super Nintendo, Gameboy, Master System...).
Cara, o que eles fazem em "Far too Young to Die"? É mega anos 80. Meio naftalina. Meio Smiths. Ainda é boa, mas o estilo é a própria máquina do tempo. "Collar Full" nos lembra porque amamos Panic. É bem o estilo que nos fez curti-los em A Fever You Can't Sweat Out. Na minha opinião, uma das melhores do disco. Apostaria como single.
A última faixa, chamada de "The End of All Things" é lentinha, com piano maravilhosamente executado combinado com uma excelente letra. Ótimo encerramento.
Nota final: Panic! at the Disco ainda, como nós, está amadurecendo seu som e em Too Weird é notado pela tentative de trazer o pop e o indietrônica ao rock. Eu diria que é electro-pop mas com uma carga de Rock intensa e misturada na medida certa. Os 32 minutos valem a pena. A edição Target traz duas faixas exclusivas, "Can't Fight the Youth" e "All The Boys", que ainda não ouvi, mas assim que o fizer conto pra vocês o que achei. Caras corajosos e som bom? Vale a pena colocar na playlist!
Nota: 9/10
Até a próxima!
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