terça-feira, 14 de abril de 2009

My Fairyland

''Os Contos de Fada são assim.
Uma manhã, a gente acorda
E diz: 'Era só um conto de fadas...'
E a gente sorri de si mesma.
Mas, no fundo, não estamos sorrindo.
Sabemos muito bem que os contos de fada
são a única verdade da vida''
Antoine de Saint-Exupéry


Um simples e comum homem uma vez gastou todo seu dinheiro em uma simples câmera e com ela registrava momentos que considerava ''únicos'' e isso se refletia de quando era criança, quando costumava a passar o tempo brincando e desenhando animais, isso apenas quando este não estava apanhando do pai ou trabalhando no auge da querida infância. Se perdeu.
Tornou-se um homem de moral, alguém sério que decidiu levar um trabalho de gente séria e esse mesmo homem tentou entrar no exército, tentou ser homem de verdade, só conseguiu a Cruz Vermelha, descobriu que havia uma farsa criada pela própria família. Se perdeu de novo.
Sem hesitar em sonhar, esse homem não teve medo e foi em frente, vendeu sua câmera e pagou uma viagem de trem para o Kansas, e lá viu a oportunidade que tanto precisava: a de desenhar, mas não de desenhar só para ele, para os outros, para mostrar aos outros como se sentía. Viva num mundo de sonhos paralelos, onde sua infância tão machucada ali não tinha um só dano. Se encontrou.
Foi obrigado á desistir do primeiro lucro, um coelho. Mas foi do coelho que surgiu outro animalzinho simpático: um rato, muito doce e cheio de heroísmos, todo encorajado e cheio de morais, era apaixonado por outra rata e tinha como amigo um pato que era seu total oposto, expressava o sexo, a raiva e a crítica á sociedade (incluindo críticas anti-nazistas, porém obrigatórias por terceiros). Se encontrou novamente.
O pequeno rato, herói infantil, conquistou uma geração e fez por merecer. Tantos mistérios rondaram cada história desse homem, que não só nasceu e viveu no mundo dos sonhos, como o materializou através de suas mais inesquecíveis adaptações para o tal do cinema. Fez da história da maçã envenenada uma menção eterna, transformou Alice em objeto de estudo. Deu alma e vida á cada cena, não criando elas, mas sim ''ajustando'' conforme sua alma. Isso é ser humano, é ter arte na mais pura e chocante essência, é lutar e acreditar em cada sentido de uma vida tão sem graça e chata, que de tão entediante, caiu em crises como no passado. Onde está a cor? Se o ratinho estivesse aqui me diria que está em seu pequeno vapor ou em sua terra de magia.
Sonhar e ser quem realmente é, tendo defeitos e magia é uma artimanha que poucos conseguem. Ainda bem que Walt Disney conseguiu.

Em homenagem ao livro O Príncipe Sombrio de Hollywood que me fez voltar ao ponto zero: ao acreditar, ao colocar sua alma em tudo que se faz porque só assim se encontra a verdade, e a verdade é um conto de fadas e para faze-lo funcionar, seja o herói, seja a bruxa má, seja a maçã envenenada, seja humano, mas tenha uma alma para lutar até o fim. Obrigado Sr.Disney, fiel ''Tio Walt''. Aonde quer que esteja, Mickey deve visitá-lo em sua Carolwood Pacific.

''Quando eu estiver desenhando, não se aproxime''

BEIJO DE AMOR E BELEZA DE VÊNUS!

Um comentário:

Winterr disse...

vc falou tanto desse livro amor